segunda-feira, 23 de abril de 2012

NOTICIAS DE SÃO PAULO - BRASIL

Entrevista com Salvador Ferreira de Almeida

(Dono do Restaurante BeFresh)




P: Como surgiu a ideia de abrir o BeFresh? 

Quando trabalhei em Inglaterra como consultor vi um conceito a funcionar em Londres que se chama “Prêt à Manger”. Identifiquei-me logo com o conceito por se tratar de uma comida rápida e saudável e com a praticidade da própria pessoa se servir da comida que se encontrava exposta em frigoríficos abertos.
Achei que um negócio semelhante poderia funcionar muito bem em outros lugares.
Alguns anos atrás fiz um primeiro teste do conceito dentro de uma loja de desporto que comprei no Chiado. A ideia era perceber se o conceito funcionaria e se eu estaria disposto a entrar na área de alimentação. Todas as pessoas me falavam que o negócio de alimentação era uma escravatura.
 

P: Porquê escolheu São Paulo? 

Após o teste do conceito em Lisboa, percebi que o mercado português não tinha escala para multiplicar o conceito.
Pensei em várias hipóteses. Nova Iorque foi a primeira que surgiu, mas o investimento era muito elevado e havia também a dificuldade de obtenção do “green card”. 

A outra hipótese que se colocou foi o Rio de Janeiro. O conceito do BeFresh encaixava-se nos hábitos dos cariocas, mas o problema estava relacionado com a escala do negócio. O conceito só era escalável para um poder aquisitivo mais baixo que o segmento alvo do negócio. 

Após a vinda ao Rio de Janeiro pensei na hipótese de São Paulo devido à dimensão da cidade: Dezoito milhões de habitantes, uma cidade em crescimento, e o poder aquisitivo da população também em crescimento. Falei com algumas pessoas que tinham morado em São Paulo, marquei várias reuniões com proprietários de restaurantes e após a primeira visita decidi que era o lugar ideal para a abertura do negócio.


P: Sempre gostou de cozinhar? 

Sempre gostei de cozinhar, mas nunca com o objectivo de ser cozinheiro. Após ter surgido a ideia do conceito do BeFresh comecei a fazer vários jantares em minha casa para testar receitas que poderiam fazer parte do cardápio do restaurante. A qualidade dos ingredientes, a originalidade das receitas e ao mesmo tempo a simplicidade das mesmas foi uma das razões que o negócio do BeFresh me despertou interesse.



P: Quais os seus planos para crescimento do BeFresh?

 A abertura do negócio do BeFresh em São Paulo sofreu algumas adaptações em relação ao conceito original. É muito importante saber qual a linha que separa as alterações que são necessárias fazer a determinado conceito para adaptá-lo a uma determinada região e qual parte nova do conceito o cliente tem que ser instruído. 

O plano de crescimento do BeFresh passa por um maior foco nas entregas – denominado “delivery” no Brasil. A cidade de São Paulo, assim como Nova Iorque, é uma das cidades do mundo que existe uma maior procura de entregas nos escritórios e residências. Num futuro próximo, novas unidades de delivery deverão ser abertas em outras regiões de São Paulo. 


P: Quais são os seus projetos futuros?

Por enquanto iremos ficar mais alguns anos no Brasil. O negócio está crescendo e a situação económica fora do Brasil não é muito favorável. Mas a ideia é viver mais próximo de Portugal, provavelmente em Londres. Os meus planos seriam trabalhar na área imobiliária.

Aguardo a vossa visita, sempre que vierem a São Paulo.

Rua Prof. Carlos de Carvalho, 95
Itaím 04531-080, São Paulo


 

1 comentário:

  1. Gostei muito da entrevista e fiquei a saber muitas novidades!
    Sofia

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