Estive uns dias de férias em casa do meu filho e da minha nora em Azeitão e descobri na estante deles um livro do meu querido António que, não percebo porquê, nunca tinha lido. Chama-se "Pesca à Linha" "Algumas Memórias". E passei dois ou três dias a lê-lo. Como todos os outros que li adorei. Mas este, talvez por não o conhecer, fez-me sentir umas saudades imensas dele.
E as "Histórias Pequenas" que lá vinham e me fizeram rir lembraram-me as férias passadas nos Açores, em São Miguel, em casa do Augusto e da Margarida Ataíde e onde passei tempos extraordinários de que nunca me esquecerei.
Sempre estarei grata ao Augsto e à Margarida por me terem proporcionado férias tão boas em casa deles.
O que ríamos até às duas da manhã com as histórias do António e do Raúl Solnado e igualmente do muito sentido de humor do Augusto.
Como foi bom ter conhecido o Nuno Siqueira ea Judite e tantas outras pessoas das quais fiquei com as melhores recordações.
Nunca me esquecerei de uma noite em que todos sairam e já não me lembro porquê fiquei em casa a conversar com a Mãe do Augusto e como foi encantador ouvir aquela senhora durante horas...
A Pesca à Linha do António fez-me reviver essas férias maravilhosas e as minhas longas conversas com aquele meu grande amigo desde os meus 14 anos na Figueira da Foz e que se estenderam por toda a minha vida até hoje que já não o tenho mas que ficaram os seus livros e a sua fotografia no meu escritório!
Graças a êle aprendi a ler o Borges, conheci a poesia do Rui Belo e do O'Neil e releio a Peregrinação Interior sempre com o mesmo encanto.
Os amigos queridos desaparecem mas ficam as recordações que nunca se esquecerão... Obrigada meu querido António por tudo o que me deste e me ensinaste...
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