sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CONVERSAS

Conversa com Madalena Villalobos, designer, um filho.

O que é que se pssou quando tinhas 7 anos, que te marcou para o resto da vida ?
O acidente do meu em Africa durante a guerra colonial, foi marcante para todos lá em casa, sobretudo para ele proprio, quanto a mim o choque foi tão grande que practicamente não me lembro de nada antes do acidente.
Mas diga-se em abono da verdade, que este tipo de acontecimentos nos fazem ver o mundo com um olhar diferente, e tal como muitas vezes ouvi o meu Pai dizer, " devemos transformar este grão de areia, em pérola, como fazem as ostras".

Com que idade pensaste que querias ser designer, e o que te levou a pensar nisso?

Desde que me lembro que existo que sempre desenhei, pintei,por volta dos meus 15/16 anos decidi que queria fazer design de interiores e equipamento.


Que curso é que tiraste?

Fiz o curso de desing de interiores e equipapento geral no IADE.


Quais foram os teus primeiros trabalhos?

Ainda no 2ºano do curso tive a oportunidade de começar a trabalhar na SELDEX, empresa de mobiliario de escritorio, onde eu desenhava e planeava os escritorios então conhecidos como open space, e devo dizer que foi uma experiencia magnifica de aprendizagem no mundo real.
Depois de terminar o curso, continuei a trabalhar nesta area que sempre me deu muito prazer, e claro esta como nem só de trabalho vive uma mulher, fui tendo outras "aventuras".

O que é que tu chamas de "aventuras"?


Porexemplo quando a Associação Portuguesa de Deficientes Motores abriu no Alto da Ajuda a aceitação pela parte da comunidade foi dificil.Tratava-se de aproveitar a epoca que ai vinha ( Santos Populares) e envolver a comunidade daquela zona, com os proprios deficientes. Organizou-se uma exposição intitulada "Lisboa", que foi dentro das proprias instalações, com um pequeno percurso historico da cidade de Lisboa, com direito a um Trono de Santo Antonio, executado pelos proprios deficientes, tivemos inumeros artistas plasticos que contribuiram tambem, a Livraria Barata teve presente com livros, a Cinemateca tambem esteve presente com filmes, e no espaço exterior, todos os da comunidade envolvente criaram bancas onde vendiam artigos referentes à época.
Para meu consolo foi um grande Sucesso.

Outro sitio onde trabalhaste foi na Grão Pará?

Foi, trabalhei na Grão Pará, ainda com a Sr. Dona Fernanda Pires da Silva,
aprendi que me fartei...adorei esta experiencia.Depois criei o meu próprio atelier, e quando me casei transportei o atelier para as Caldas da Rainha onde passei a viver.
Paralelamente ao trabalho do atelier, dava aulas de artes decorativas, o que foi extraordinariamente gratificante para mim.

Quando é que abris-te a tua loja?

Abri a loja em Maio de 1994, foi a 1ª loja Kilo Americano fora de Lisboa, esta loja durou 6 anos, infelizmente o mercado de decoração na provincia é dificil de vingar, os Portugueses ainda tem alguma dificuldade de comprar algo para as suas casas que não dure " uma vida". Mas mantive sempre as aulas.

E porque é que voltaste para Lisboa?

Separei-me, e tive necessidade de ganhar mais dinheiro para fazer frente as minhas despesas comigo e com o meu filho.O que consegui em Lisboa.
O meu primeiro trabalho quando voltei a Lisboa, foi como produtora de decoração na revista (Maxima Interiores), e hoje continuo como produtora deste grupo de revistas.

Projectos para futuro?

Continuar onde estou que gosto muitissimo, e arranjar mais tempo para me dedicar a fazer e restaurar REGISTOS DE ARTE SACRA, que é o meu hobby preferido.

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